Chega de crise, é hora de crescer
Chega de criancice, é hora de equilibrar
É chegada a hora, já é quase tarde
Esse é o momento de assumir o controle do meu destino
Esse é o momento de perdê-lo
Essa é a hora da estrela
A hora de morrer
O fim nada mais é do que o recomeço
Ou o meio, ou o terço
É hora de recomeçar
Juntar toda a experiência
Esvaziar o copo
Esvaziar o corpo
Ficar nua
Nua sentir tudo
A dor, o prazer, a saudade...
E por fim, depois da metamorfose
Chegar ao estado de mulher.
Chega de crise, é hora de crescer
Chega de criancice, é hora de equilibrar
É hora de vestir-me, maquiar-me
É hora de escolher a roupa
E a máscara
Fui sincera sim
Mas não devia
Chega de crise, é hora de crescer
Chega de criancice, é hora de equilibrar
Já passou da hora, já é quase cedo
E eu já deveria estar em casa
“- O que mais você quer?”
Será que só chamar a atenção?
Será que só parecer livre já basta?
Hipócrita! – ou apenas uma orgulhosa volúvel?
Cigana oblíqua! – ou apenas intensa?
Mas os teus olhos não são como o mar
Nem há tanto mistério em teu olhar
Quem te mandou ser sincera?
Quem te mandou se entregar?
O orgulho é tua maior virtude
E a sinceridade, teu pior vício
Para com os outros
Contigo ainda convém que sejas verdadeira
Todavia, sai de dentro da tua cabeça, mulher!
Já sabes a dor que saber causa
E sabes que não deves escolher não saber
Escolhe, pois, ao menos, o único saber que ainda vale a pena:
O prático
E sente!
Sente tudo quanto podes
Enquanto podes
Pois as primeiras coisas que morrem
São os sentidos
Então surge aquele sentimento de nostalgia
E a vida fica, literalmente
Sem sentido algum
A morte do corpo é nada mais
Que a perca de sentido
Chega de crise, é hora de crescer
Chega de criancice, é hora de equilibrar
É tempo de começar a viver
domingo, 14 de março de 2010
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