Porque na iminência do movimento as forças de resistência se igualam à força aplicada. Deveria ser um momento de tensão. Mas não. É a mais perfeita calmaria. É o último instante de calmaria antes do caos. Calmaria, esta, causada por essa quase tensão. Mesma intensidade e direções diferentes. Assim sou eu: duas forças de mesma intensidade - razão e emoção - exercidades em sentidos opostos. Equilíbrio? Tensão camuflada? Eu diria que isso é ser pessoa.




domingo, 4 de abril de 2010

The end

- Tchau!

- Até mais!


- Até logo!


- Fica com Deus


- Se cuida


- Bye-bye!


- Um dia desses, a gente se vê


- Adeus.




Eu ainda não consigo aceitar o fim. Quem foi que disse que tem que terminar? Mas o que dói é que o fim é escolha nossa. Escolhemos o fim porque ele se mascara de recomeço. Parece acréscimo, soma. Mas na verdade é como subtração.

Não, o fim não existe. É claro que termina, é claro que nasce, se desenvolve e morre. Mas “nós” existiremos enquanto eu e/ou você existirmos. Você faz parte de mim e eu de você. E isso não é só poesia. Você se entranhou na minha alma e eu na sua. Mesmo que daqui a três anos já não sintamos falta um do outro, ainda estaremos entranhados um dentro do outro, porque um dia nós nos conhecemos e nos ouvimos e nos entrelaçamos para sempre.Ou não. Talvez ele exista e tudo o que continua seja só a lembrança do que acabou.

Mas uma coisa eu sei: o fim dói. E eu não quero mais o fim. Eu quero ver o tempo parar, quero inércia. Sem dinâmica não pode haver fim. Ou quem sabe a inércia seja o próprio fim – a não ser que seja uma inércia desde sempre para sempre.

E a única coisa que eu sei é que o fim dói.

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